quarta-feira, 31 de agosto de 2011

daí eu peguei o 337 pra ir pra aula de inglês. eu sentei e logo um cara saiu do lugar dele no fundo, pediu licença e sentou do meu lado. apertei minha bolsa no colo, por reflexo. porque, né, achei estranho. dez minutos depois, ele:
- você também é da U.?
(o cara tava me paquerando, quem diria. e eu quase disse pra ele: moço, cê tá fazendo isso errado. mas então eu percebi que ele tinha um problema. um problema mental, digo. não quis ser rude.)
- sim.
- eu também.
- uh, legal.
silêncio. dez minutos depois:
- qual é o seu nome?
(suspiro profundo)
- Juliana.
dez minutos depois, o ônibus chegou no terminal. ele levantou:
- tchau, Juliana. você vai tá sempre aqui, né?
(suspiro)
- sim, estou sempre aqui.

não menti, né. estou sempre a caminho. sentada na janela, vendo a vida passar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

papai me disse

um dia saí do trabalho chorando por causa da grosseria de alguém e corri pro meu pai. ele me disse que ficava feliz em saber que eu não tinha perdido a sensibilidade, que não tinha me deixado embrutecer pela vida. mas que eu precisava criar uma casca pra me proteger dos dissabores da vida.

bom, acho que não criei essa casca. mas talvez tenha me deixado adormecer dessa sensibilidade que, se me faz capaz de perceber sutilezas e nuances do mundo, também me faz frágil.

e quantos momentos especiais não terei perdido?

domingo, 28 de agosto de 2011

gramática

Para V.

você me faz lembrar o que eu estava fazendo em 1997
e me faz perguntas que não saberei responder nem em 2017.
você me abraça e me faz lembrar de que matéria sou feita,
de que todos os erros são perdoáveis,
de que não preciso ser perfeita.

seus discos, meus livros,
nossos desejos sublimados
meus caminhos tortos, suas trilhas e portos,
nossas histórias entrelaçadas
cruzadas fundidas emaranhadas.

você me abraça e tudo parece fazer sentido.
me esqueço de como são tristes os dias de chuva
e como são longas as noites de domingo
e que Abril já está no final e Maio não demora a chegar
frio e cinza e cansado.

minhas árvores infindáveis, suas pequenas árvores,
nossa linguagem particular.
minhas linhas retas na sinuosidade do seu plano,
toda minha inexatidão contida nos seus traços precisos.
toda minha intensidade acolhida na sua serenidade.

meus pés distraídos encontram os seus
e meus passos são leves porque você é meu guia.
minhas mãos curiosas percorrem as suas
que, impacientes, desenham nos grãos de açúcar
le visage du bonher.

eu, que sou tão inconstante, permaneço
nas suas lentes
nos seus papéis amarelos
na sua vitrola antiga
permaneço, viro tarde e adormeço.

seu coração, ávido, bate mais rápido que o meu, indeciso
te dou uma parte do meu e levo comigo um pedaço do seu
então pulsaremos no mesmo compasso
pulsando
pulsando
dançando
meu pedaço em você, palavras perdidas
sua parte de mim, cores vivas
nosso todo, um mundo inteiro.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

estava aqui lendo manual de aquisição de linguagem. e vejam só vocês. gatos que só enxergam listras verticais são cegos para listras horizontais e vice-versa. e patinho se ligam emocionalmente à primeira coisa que eles vêem se movendo: a mãe pata, um humano, um objeto. (não sei como isso pode ser importante pra mim. mas enfim.)

eu saí da biologia, mas a biologia não sai de mim.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

aquele momento gostoso de chorar na frente de estranhos. porque você dá uma bobeada, baixa a guarda e volta a pensar. em como perdeu anos da sua vida. em como está fazendo tudo do jeito mais errado possível. em como foi estúpida. daí a pessoa solta um tudo bem? e você acha que finalmente pode respirar e abrir seu coraçãozinho. e chora.

a arte de constranger pessoas: sou mestre.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ponto alto do meu dia: aula de defesa pessoal com facas. o que me assustou foi perceber que eu estava cobiçando a coleção do professor. o lado bom é que, se nada der certo, tenho um futuro promissor como atirador de facas. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

de repente, eu me senti velha. como naquele filme antigo que a menina de 13 anos deseja ser uma mulher de 30. e, num passe de mágica, um dia ela acorda e, opa, 30 anos. bem bonitinho o filme. é como me senti. a diferença é que eu realmente tenho 30 anos. e não posso voltar aos 13. e nem é como se eu quisesse reparar os erros, como desprezar o grande amor da minha vida. porque a sensação é de que eu não vivi todos esses anos. eu olho pra trás e vejo grandes espaços em branco na minha linha do tempo. parece que eu estive inerte por um longo tempo. perdi bons anos da minha vida. e eu não consigo fazer planos a longo prazo. não porque eu não tenho planos. deus, eu tenho tantos! mas porque eu corro o risco de ficar esperando e ver a vida passar. como já aconteceu. então eu preciso pensar agora. agora, eu tenho muito trabalho, mas estou contente porque minha orientadora confia em mim. e, se eu não consigo visualizar meu projeto como um todo, coerente e preciso, ela vê. e eu confio nela. agora, eu consegui uma orientadora para meu trabalho de qualificação de área. e eu fiz de novo. bati na porta dela, com uma ideia na cabeça e disposição para aprender. perguntei se ela poderia e ela disse: adoraria! assim, com ponto de exclamação. penso que ela sabe que eu sei. agora, eu gosto de lutar. e cada músculo do meu corpo me diz que isso me faz muito bem. agora, eu não sei falar inglês. e acho que isso vai ser bem mais difícil do que eu imaginava. agora, eu não entendo o que estou sentindo. e, exatamente agora, estou triste demais pra tentar entender. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

estava aqui pensando nesse meu gosto por lutas. não me lembro quando isso começou. eu fui criada como uma princesinha. fui uma criança linda, com longos cabelos loiros, olhos verdes, pele de porcelana. minha mãe me vestia como uma princesinha, com vestidos de babados, laços e fitas. e eu fazia coisas de princesinha. dançava balé, tocava piano. e desfilava. então eu cresci. jogava vôlei e brincava de basquete. um dia, quis jogar futebol. falei com a professora de educação física, chamei as amigas e formei um time. eu não era muito boa, mas era dona da bola. era meu time. depois experimentei judô. não durei muito tempo, mas eu adorava. e eu fazia alguns golpes com tanta perfeição que os meninos paravam pra me ver lutar. acho que eu só queria fazer coisas de menino. provar que eu poderia fazer tão bem (ou melhor) quanto qualquer menino. eu era uma feminista e não sabia. na faculdade, eu estava ocupada demais tentando me encontrar. acho que só puxei ferro nesse período. então, depois de terminar o mestrado, comecei o curso de defesa pessoal. finalmente me encontrei. me fez sentir forte e confiante. aprendi a lidar com a dor e a frustração. e agora descobri o taekwondo. lutar limpa a mente e cansa o corpo. e, com o corpo cansado e a mente limpa, consigo dormir bem, tranquila. é doloroso, mas eu sei o que dói. posso ver os hematomas, sei que é o meu joelho que está machucado. sei exatamente porquê estou sentindo dor. e isso é o melhor da luta. porque não há nada pior que acordar no meio da noite, com um aperto no peito, sem conseguir respirar. e não saber porquê. 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

eu sempre achei que escrevia porque gostava. é verdade, eu amo escrever. é o que eu faço de melhor. mas, na verdade, eu escrevo porque não gosto de falar. não consigo falar. quando estou brava, quando estou magoada, quando eu não concordo com sua atitude. não sei como dizer que eu não suporto esse seu joguinho. que eu não tenho mais forças pra suportar seu drama todo dia. eu não consigo dizer que eu não amo você. é por isso que eu escrevo. eu te disse. mas você riu. você tem toda razão. eu não preciso que você leia meus textos porque eu escrevo bem, eu sei. e eu preciso falar porque é pra isso que você está lá. mas eu não posso. não quero falar sobre um artigo qualquer porque eu não me sinto capaz de discutir as construções sociais e as relações de poder do que está dito e as implicações do que não é dito. eu já me sinto estúpida tentando entender os textos do meu curso na faculdade, é o bastante pra mim. e não quero falar sobre minha tese porque eu não tenho certeza do que eu estou fazendo e isso me deixa insegura. não quero falar sobre meu trabalho do projeto. eu adoro fazer e acho que faço bem, mas eu não tenho me dedicado como deveria. e, olha, você não gostaria de ouvir sobre isso. também não posso falar sobre meus planos. sim, eu tenho muitos planos, mas não quero dizer em voz alta porque eu tenho medo de não conseguir realizar todos e haveria mais alguém no mundo que saberia do meu fracasso. e, sim, eu gostaria muito de viajar, claro. faço listas dos lugares que eu quero conhecer, por ondem alfabética. por deus, eu poderia escrever uma nova versão de 'a volta ao mundo em 80 dias'. mas, agora, isso depende do meu trabalho. que, de novo, me deixa insegura e assutada. eu estava enganada, não posso falar sobre mim. não neste momento. eu sabia que seria difícil. mas achei que, em algum momento, eu conseguiria me desarmar, baixar a guarda. mas você estava lá, cheio de expectativas. eu sei, eu reconheço o todo o seu esforço pra me fazer falar. você esperava muito de mim e eu não consegui. e você me olhou com aqueles olhos de desapontamento. e você não faz ideia de como isso me machucou. não sei como isso pode dar certo. aliás, não sei porque eu voltei. ou melhor, eu sei. você disse que sentia minha falta e eu não pude dizer não. mas eu não consigo. e não vou suportar aqueles olhos decepcionados de novo. 

domingo, 14 de agosto de 2011

detesto domingo. domingo é um dia triste. domingo longe de casa é triste. é quando a solidão parece mais palpável e a dor, mais pungente. e aquela música preferida do Leoni parece ainda mais verdadeira e, por isso, mais dolorosa. as horas se arrastam e eu não tenho vontade de fazer nada. não tenho vontade de viver, na verdade. eu queria dormir no sábado e acordar na segunda. mas estou aqui dando F5 loucamente nos blogs que eu leio. jogando fruit blocks. revendo os emails que eu mandei. por deus, eu não tenho filtro entre o que eu penso e o que eu escrevo. vou anotando mentalmente todas as minhas tarefas da semana. a aula de inglês, as dezenas de textos que eu devo ler, as aulas de taekwondo. porque, não, eu não tenho limites. acho até que isso pode me ajudar a lidar com a minha ansiedade. não essa ansiedade do tipo borboletas no estômago quando vai encontrar aquele menino, mas essa ansiedade do tipo tem um enorme pedra no meu peito que me impede de respirar. e acho que não tem confronto, então só vou ganhar hematomas no treino de defesa pessoal. e não posso esquecer da reunião com orientadora. e devolver o livro na biblioteca. ah, preciso comprar guardanapo. acho que vou comprar daqueles coloridos, tem um pink lindo. amanhã. porque hoje é domingo e domingo é dia de sentir pena de mim mesma. detesto domingo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

fui acordada às 5 e meia da manhã pela vizinha da esquerda, a linda da japonesa, chegando em casa com o namorado. fiquei ouvindo os passinhos indo e voltando no corredor, as conversinhas. eu já estava irritada e xingando a bitch, quando ouvi ela falando ao telefone com uma amiga, dizendo que tinha perdido a chave de casa. ela tava chorando e o namorado falava com ela numa doçura incrível, como quando a gente fala com criança numa crise de choro. eu saí e perguntei se poderia fazer alguma coisa. ofereci água, banheiro, liguei para o chaveiro. me coloquei à disposição e entrei. e eles continuaram lá fora, ela chorando e ligando pras amigas, e ele consolando. uma anja, com longas asas brancas e batom vermelho, e um caipira, com dente preto e chapéu de palha.

update: acabaram de me avisar que acharam a chave. o anjo e o caipira. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

olha, eu não sou delicada nos gestos, menos ainda nas palavras. geralmente eu solto um "tudo bem?" quase como uma afirmação, porque não quero mesmo saber da vida dos outros. porque, ironicamente, eu tenho uma hipersensibilidade que me faz sofrer a dor do outro como se minha fosse. eu absorvo o sofrer do outro de um jeito que eu não sei me desprender sem sofrer mais. e, tristemente, sou ainda mais cega àqueles que eu mais amo. enfim. estou aqui divagando só pra dizer que eu vou sempre te cumprimentar com um "tudo bem?", mas não significa que eu não me importe. e, às vezes, não vou conseguir perceber em você alguma angústia ou um tantinho de tristeza. mas vou estar sempre disposta a te ouvir. porque eu tenho um bocado de traços negativos, mas sou [+ouvinte]. só marcar o café.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

eu espero. a coisa rara e estranha e extraordinária que me é destinada. tenho passado dias, semanas, anos a fio esperando, prostrada. como John Marcher espera a fera à espreita na selva. imaginar e ansiar e desejar essa coisa que não tem nome me exaure as forças, me aniquila. me faz perder o ânimo para as coisas banais, me faz cega às pequenas transformações e revelações de todos os dias. porque algo maior me é reservado pelo destino. e o meu maior medo é envelhecer à espera, vendo os dias passarem. e não perceber que a coisa já aconteceu. e eu não reconheci. então estarei morta.

sábado, 6 de agosto de 2011

educação sentimental

estava falando sobre a minha incrível habilidade de me relacionar com meninos. pensei no meu primeiro namoradinho. honestamente, tudo entre o começo e o fim é só um grande borrão. não sei exatamente como aconteceu. eu tinha doze anos e era toda perfeitinha. fui criada como uma princesinha. pra ser vista. pra fazer a melhor pose. e aprendi, observando minha mãe que eu deveria disfarçar frustrações. eu só tinha que sorrir e exibir meu vestido.

E. foi assim. ele era o menino mais bonito do último ano do ginásio e gostava de mim. eu não entendia (naquele natal, eu ganhei uma piscina da barbie, daquelas que faziam bolhas quando colocava sabão em pó), mas ele gostava de mim. e eu podia desfilar com ele e satisfazer minha vaidade. era tudo escondido, claro. um dia, minha tia descobriu e contou para a minha mãe, na minha frente. durante todo o caminho de volta pra casa, minha mãe fez um discurso inflamado sobre reputação, moral, ou qualquer coisa do gênero. me lembro de estar completamente encolhida no carro, humilhada. então ela disse: as pessoas vão falar que você é fácil. nunca esqueci. você namora um, depois namora outro e as pessoas vão te chamar de fácil. foi tudo o que ela me disse sobre meninos.

E. foi meu primeiro beijo e acho que ~namoramos~ algum tempo. um dia, soube por alguém que ele tinha se mudado pra outra cidade. acabou e eu não percebi. e eu permaneci impassível. eu não entendi. só sabia que tinha que ser difícil. manter minha pose de superior. eu continuei sem entender por muito tempo. até que um dia eu finalmente entendi, mas já era tarde. passei tanto tempo preocupada em ser inatingível que construí uma muralha. eu não aprendi a gostar. não aprendi a dizer sim. não aprendi a ouvir não. agora, olhando pra trás, é tudo uma grande nódoa, cinza, disforme. minha sensação é de que eu me perdi nesse espaço entre os 12 e os 30. e fico tentando repetida, incessantemente, retomar aquela história, a primeira. recomeçar. porque talvez assim eu pudesse aprender a gostar (e deixar que gostem de mim). porque eu continuo sendo a menina que foge para o banheiro com o diário nas mãos. na ponta dos pés, sem respirar. morrendo de medo de ser descoberta.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

status: em um relacionamento sério com a solidão 
tristeza curtiu
depressão cutucou


sabe o que é o melhor? a pessoa não durou um mês no feicebuque. eu resisti, juro. daí um dia resolvo aceitar o enésimo convite de um amigo querido. respondo mensagens. convido amigos. atualizo perfil. então o que a pessoa faz? resolve procurar o primeiro namorado. aquele que era apaixonado e fazia de um tudo por você. e o que você fez? fez merda. e o cara continua lindo. e feliz. e casado. daí você não se contenta e procura pelo último. ok, não foi o último, mas deveria ter sido o definitivo. quer dizer, você acha que aquilo foi um namoro. então você se lembra das cartas apaixonadas, do poema na caixa de bombom e todos os gestos delicados e gentis. e da persistência (e paciência) dele. e se lembra de como você arruinou cada nova tentativa, fazendo o que faz de melhor: merda. é um dom. lindo. rico. casado, com filho. morando na Itália. e você pensa: deveria ser eu. meu marido. meu filho. minha vida. daí você chora e chora e se irrita com a sua incrível habilidade para relacionamentos com meninos e deleta o perfil. porque equilíbrio emocional é seu forte. uma semana depois, você volta. e faz de novo. e apaga de novo. e jura que não vai fazer de novo.

vamos acompanhar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

eu odeio meus vizinhos. especialmente duas bitches do andar de cima, que falam alto, riem escandalosamente. e tem aqueles gritinhos estridentes. ainnnnnn, taaammy, eu toám goooooardáaaaammm! aainn, pááaaaaaara, caroool. juro. o dia inteiro. todo. dia. (vamos ignorar o fato de eu estar em casa o dia inteiro.) já me peguei pensando que qualquer noite eu sairia da cama, de pijama, descabelada, e mandando geral sifudê. hoje foi a mesma coisa. aquele converseiro todo. daí eu ouvi minha vizinha da esquerda, uma japonesa pequenina, linda, falando no telefone com o namorado, debaixo da minha janela. eu já me irritei muito com isso. essa conversinha com namorado. (do mesmo jeito que me irrita ser acordada no domingo de manhã pela vizinha da direita, uma pirralha, transando com o namorado. ou ouvir o vizinho de cima tocando violão de madrugada ou o despertador do outro cara às 5 da manhã.) até que um dia ela tava contando o dia dela, no melhor paulistês, reclamando que todo mundo da turma dela tirou 10 e ela só tirou 8,5. meu, to triste, de verdade. aí eu me apeguei. quase saí lá fora e disse pra ela: dá aqui um abracinho, sua linda. e hoje ela tava chorando baixinho, daquele choro sentido, sabe. eu não vi quando ela entrou. estava aqui perdida nos meus pensamentos (devo desistir da disciplina de fonologia? será que eu me inscrevo no forró? gente, eles precisam para de cantar aquela besteira de "pentepentepente", não combina. ai, to com fome. mas será q..), e as bitches na maior putaria lá em cima. daí eu ouço a porta se abrindo, uns passinhos apressados na escada e a batida na porta. a linda da japonesa pediu pras meninas falarem mais baixo. sério, eu não faria com tanta classe. e o resto da noite foi uma beleza.

mas eu fiquei pensando nela. acho que hoje deve ter sido um daqueles momentos de dizer chega, cansei. tire a sua alegria do caminho que eu quero passar com a minha dor. gata, dá aqui um abracinho.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

adivinha quem perdeu a primeira semana de aula? adivinha quem está há uma semana gripada, com o corpo pesando mais que a consciência quando briga com a mãe? adivinha quem ainda não fez uma refeição decente desde que chegou? adivinha quem passa o dia inteiro na cama, em posição fetal?

sempre acho que voltar é um recomeço. eu posso esquecer as besteiras que fiz lá, perdoar os erros que eu cometi aqui e começar. de novo. e sempre leva algum tempo. pra me readaptar, digo. acordar no meio da noite e não saber exatamente onde estou. sentir o cheiro do café às 5 da tarde. ouvir criança chorando de manhã. é sempre difícil me acostumar. mas, olha, parece que quebrou. o botão de restart.

o mundo inteiro lá fora. e eu congelada.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

papai, quando me viu lendo Travessuras da menina má:

- autobiografia?

*sorriso maroto*

essa é minha vida, esse é meu clube.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

então o semestre vai começar e eu estou matriculada em duas disciplinas. porque um dia a professora falou em sala de aula que estamos saindo da faculdade despreparados e depois somos reprovados nos concursos e temos professores incríveis temos uma biblioteca incrível e temos que morar nela. enfim. mais duas disciplinas poque eu fiquei apavorada e não quero terminar o doutorado nunca. o problema é que eu já fiz três semestre passado e o resultado não foi assim que beleza, que coisa linda. e daí eu só precisaria fazer mais uma. pensei em desistir da fonologia e trocar por aulas de taekwondo. porque só os hematomas que eu ganho nos treinos de defesa pessoal não são suficientes. então fui olhar a situação de matriculados/disciplina. duas alunas.

esse semestre vai ser lindo.