quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

cabô estágio. cabô. 
tive crise de ansiedade, perdi noites de sono e quis muito esfregar a cara de aluno no asfalto. eu saí um pouco arranhada, mas estão todos inteiros, juro. tava aqui dando pulinhos de alegria quando tive resposta do estágio do próximo semestre. 50% da carga didática, ganhando zero reais.

2013 nem começou e já tá me fudendo gostoso. delícia.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

dezembro mal começou e já cumpriu seu papel: to me sentindo uma merda.

puta. que. pariu.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

tive um piripaque na cadimia. daí, depois de duas semanas, eu consegui uma consulta. médico me examinou e pressão tava alta, de novo. ele falou qualquer coisa sobre "síndrome do jaleco branco". queria falar nada não, mas eu fiquei meio alterada porque o médico era muito gato e aquelas mão me pegando, nossa senhora, fiquei nervosa. mas enfim. vou ter que controlar pressão, fazer xixi no copinho e tirar sangue. e médico-gato me mandou fazer um teste de esforço físico no hospital das clínicas. depois de subir escada e seguir a linha azul, descer escada e seguir linha amarela, voltar, subir escada, seguir linha preta, chegar ao setor laranja e voltar pra pegar um código, descer escada, seguir linha azul de novo, alguém me diz que não estão agendando o teste por motivos de: a esteira está quebrada. haha gente, que desespero. saí do hospital, liguei pra minha mãe e disse que não nunca mais voltaria nesse hospital e que eu já fiz esse teste na academia e que eu andei 2 minutos na bicicletinha e morri e que me desculpe o médico-gato, mas não vou fazer sabosta coisa nenhuma. 

ai, gente. que difícil isso de ser saudável. 

domingo, 4 de novembro de 2012

3 dias sem sair de casa. de pijama, sem me lembrar da última vez que lavei o cabelo. sem ter certeza de que escovei os dentes. não trabalho, não escrevo, não durmo. voltamos ao inferno.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

5º dia de academia e passei mal. pressão caiu, ficou tudo escuro e quase desmaiei. deixei professores preocupados. virei assunto da galera feliz e saudável do turno da manhã, que parou de se amar no espelho por alguns minutos pra ver a tia jogada na cadeira, pálida, cos lábio roxo, suando em bicas. corri pra casa assim que parei de ver vultos e consegui ficar de pé, pra desmaiar na minha cama. não sem antes ligar pra minha mãe. porque, né, certeza que eu não ia acordar.

bem fácil essa vida de maromba, hein. super agradável.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

entrei na academia. traí o movimento, desculpa. mas a situação tava periclitante. descobrimos que estou 11 kg acima do meu peso ideal, que minha coxa direita é 1 cm maior que a esquerda, que eu tenho zero flexibilidade e não guento nem 3 minutos na bicicletinha. e nunca nunquinha vou ter uma barriga cheia de gominho. e descobrimos que não tem nada mais constrangedor que alguém medindo suas dobrinhas. mais constrangedor que saber dos hábitos intestinais do vizinho. ou ser pega saindo do banheiro, com calcinha azul e sutiã marrom, pelo corretor gatinho que, distraidamente, abriu a porta da sua casa. sério, tanta vergonha que a pressão da tia subiu. enfim, o plano é morar na academia e fazer todas as aulas com power e balance no nome. assim que eu conseguir respirar sem sentir dor, claro.

(se eu começar a postar foto enrolada em fita métrica, por favor, me façam parar.)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

um dia, alguém me disse que eu estava bebendo com o dinheiro dele. desses que acham que podem te cobrar satisfações porque você é bolsista. assim, amigo, eu estudo, pesquiso e ensino. sou constantemente cobrada por produção e desempenho acadêmico. tenho dois anos e meio pra parir uma tese, passar por duas qualificações e a defesa. eu dou aula pra um bando de adolescentes que não saíram do ensino médio. e nem rola post engraçadinho porque, veja bem, análise sintática. então, amigo, "SEU dinheiro" meu cu. pega aqui no meu predicativo e balança.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

sarou queimadura. sarô.
42 dias. muito choro de desespero, um ralo da enfermeira por causa da minha alimentação cagada, uma cicatriz e uma aversão a brigadeiro.
enfim, cabou sofrimento.
cabô.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

1 saudade: meu all star.

já disse, eu me queimei. lavei, chorei um pouquinho e fui assistir toy story 3 com as crianças. não era nada. formou bolha. muitas bolhas. mas não era nada. 20 dias, 30 pacotes de gaze, 8 rolos de esparadrapo e 1 bisnaga de sulfadiazina de prata depois, o ferimento não sarava. mas não era nada. um dia, acordei de madrugada com uma coceira infernal. corri pro médico, né? nah. fiz uma compressa de água fria e passou. não era nada. dois dias depois, acordei febril, com o pé inchado, coçando, irritado, coçando, com dor, coçando. aí eu chorei rios. porque eu tinha certeza que aquilo tava apodrecendo e minha perna ia cair. só me dei conta da gravidade da queimadura pela cara dos enfermeiros e do médico. fui medicada e agora vou todos os dias ao centro médico trocar o curativo. virei a ~moça do brigadeiro~. e nem sou a primeira. já teve um caso de menina queimada com brigadeiro. de micro-ondas. pff, amadora.  

agosto foi cruel e setembro não me parece promissor. mas não consigo ficar aqui mimizando porque, VEJAM BEM, tem um buraco na minha perna.

to garrando ódio de brigadeiro?  

terça-feira, 21 de agosto de 2012

e aí me perguntam se eu sou feliz. eu pergunto: cê tem tempo? e aí me respondem um indignado ah, mas é claro que você é feliz. e enumeram todos os argumentos - muito bons argumentos, devo dizer. saúde, família. amigos. eu entrego os pontos e digo: sim, eu sou feliz. e sigo com um buraco no peito e toda a culpa do mundo nas costas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

eu só queria saber quando, sabe. quando a gente deixa de se importar. porque to tão cansada de me sentir estúpida. de fazer burrice. de sempre voltar ao mesmo ponto. de perder alguma coisa todo dia. já cansei de me esforçar tanto pra esconder, pra fingir. e, no meio do supermercado, entre escolher a pasta de dente que resolve 12 problemas bucais ou que deixa meus dentes mais brancos, tudo se esvai. e eu só vou me desmanchando, na rua, no ônibus, na faculdade. eu só quero saber quando a gente deixa de se importar. porque, juro, não aguento mais.

e isso não é pra fazer sentido porque, meu deus, tem nada fazendo sentido. e eu não posso falar. e só o que eu tenho é vazio. e um bichinho que não para de roer. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

do google analytics

alguém entrou nesse bloguinho querendo saber "como consumir jurupinga". olha, colega, posso te dizer como não consumir jurupinga. não recomendo.

e teve a pessoa que chegou no blog procurando "juju peitão". to aqui, beibe. cola aí.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

tava na casa de mamãe e resolvi fazer brigadeiro. catei uma panela velha porque todo mundo sabe que panela velha é que faz brigadeiro bom. ok, foi a primeira que achei. brigadeiro tava no ponto, tava tirando panela do fogo, cabo quebrou, panela caiu, brigadeiro voou. na. minha. perna. sabe cera quente? pois é. ganhei uma bolha do tamanho de um limão no pé e uma trilha de mini-bolhas da canela até a batata da perna. daí que estou indo pra faculdade de havaianas. pronto. entrei pra turma que anda pelo campus arrastando chinelão cos pé preto. finalmente me sinto incluída na comunidade acadêmica. próximo passo é tomar uma breja no churras da galera da med. 

agosto tá sendo super agradável, viu. delícia.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

professora respondendo dúvida de alguém sobre faculdade da linguagem. porque o sistema computacional blablabla a faculdade da linguagem sei-lá-o-que mas eu não sou BIÓLOGA blablabla. coleguinhas todas olhando pra mim. tipo, né, esperando a palavra da *bióloga*. mas gente. cada vez que cês me chamam de bióloga morre um boto na amazônia. a tia teve aula de anatomia humana com uma entomóloga, fazendo desenhinho no quadro-negro, e nego espera que eu desvende o funcionamento da mente. gente. sério, parem. apenas parem.

domingo, 5 de agosto de 2012

então. doutorinha diz que hormônios estão ok. quer dizer que não posso mais culpar hormônios pelas minhas cagadas. quer dizer que toda essa preguiça e essa raivinha do mundo é da minha natureza doce. porque, né, é remédio pra tireoide, não é efexor. e, assim, as pessoas não colaboram, sabe. e o fato de ter que refazer todo meu trabalho também não ajuda muito. pois é. a tia se empolgou nas figurinhas fofinhas e produziu um material todo carregado que as pobres crianças não conseguiram processar. e aí estou eu de novo catando desenhinho no google e mutilando bichinhos no paint. e vou ter que enfrentar mais 40 lindas criaturas que falam com você enquanto tiram meleca do nariz e limpam na roupa. 

é bem assim. eu passo metade do tempo tomando coragem pra fazer as coisas. qualquer coisa. e a outra metade, consertando o malfeito. fico impressionada com a minha capacidade de sempre voltar ao mesmo lugar.  acho até que vou começar a dar ctrl+c e ctrl+v nos posts antigos porque estou eu aqui repetindo os mesmos erros. impressionante.

(vou morar nos comentários do último post. só amor.)

sábado, 21 de julho de 2012

um

este bloguinho está fazendo um ano. pra quem já teve três contas no twitter, já deletou o perfil no facebook três vezes e criou outros dois blogs, é uma senhora marca. um ano de cartinhas cafonas, e-mails enviados pra pessoas erradas, fiascos, constrangimentos etc etc. quero agradecer a todos que me leem. aqueles que comentam, partilham suas histórias e têm sempre alguma coisa boa pra dizer. e aqueles que não comentam, mas sempre voltam. sou só amor por vocês, que me fazem sentir menos sozinha no mundo. 
obrigada  

sábado, 14 de julho de 2012

cabô. ca-bou. a-c-a-b-o-u. puta merda, os seis meses mais cagados da história dos semestres. eu passei os últimos dias na frente do computador, comendo pizza requentada, sem saber quando foi a última vez que lavei o cabelo. sem lembrar se tinha tomado banho. e meu trabalho ficou ó: uma bosta. mandei junto com uma cartinha pedindo desculpa pelo constrangimento. mas ok, to vivona. to boa, to legal. nah, to me sentindo um monte de merda. e não to me descabelando, berrando, me cortando inteira porque, gente. não tenho força. eu queria muito poder explicar que não é uma variaçãozinha de hormônios, sabe. não é tpm, não é ~crise de identidade~ e, caralho, não é mimimi. mas to evitando a fadiga. pra quê, né? como dizia um filho da puta que conheci na vida: quem se importa?

essas horas, no final do semestre passado, eu tava no buteco. bebendo o dinheiro do presente de natal das crianças. hoje to aqui googlando pra ver se eu descubro o que que é o tal jogo ~das mãozinhas~ que o Tiago quer. vejam só vocês.

(to de férias. vou pra casa, amar os meus. qualquer dia eu volto. beijos.)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

não sei se cês lembram, mas eu sou estudante. estudante 'profissional', como diz meu pai. e daí que todo final de semestre eu tenho de prestar contas. preciso atualizar o lattes que, misericórdia, só serve pra oficializar e tornar público meu fracasso. como se não fosse o bastante, devo atualizar a plataforma da universidade também. duas vezes fracassada. ok, nem foi tão ruim assim porque eu tinha certificado de uns cursinhos aí. e a parte mais dolorosa: o relatório. assim, tenho que descrever as atividades realizadas no período e definir as metas para o próximo semestre. caso eu não tenha atingido as metas propostas, preciso justificar. bom, não sei se cês lembram, mas eu preenchi o último relatório beuba. ou de ressaca, sei lá. prometi mundos e fundos que eu, adivinhem? não cumpri, lógico. fiz tudo pelas metades, bem minha cara. fui correta, detalhei etapas que não cumpri e justifiquei, certo? não, né. comé que justifica? posso dizer: 'ai, gente. sofri demais esse semestre, sabe. cês me negaram terapia e me designaram uma psiquiatra relapsa. preciso esquecer que eu tenho duas caixas de efexor no guarda-roupa. todo. dia. e minha tireoide? resolveu não funcionar direito, sabe. eu durmo 12, 14 horas por dias e passo o resto do tempo cansada. deveria estar surtando exatamente agora porque eu preciso parir um artigo até sexta-feira, mas não tenho energia. e ando chorando até com aquarela. inclusive, to mandando o link do blog.'. posso? não, não posso. então eu ~esqueço~ alguns verbos, tipo *analisar*, e finjo não ter percebido que estou ligeiramente atrasada em relação ao cronograma. cruzo os dedos, prendo a respiração e clico em *enviar*. e me prometo que no próximo semestre vou fazer melhor.

(já vou adiantando: semestre que vem vou fazer estágio. vou dar aulas. pra uma turma de graduação com 10 anos a menos e que sabe muito mais do que eu. sob supervisão da minha orientadora. eu, que me borro inteira pra fazer seminário. vai ser lindo.)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

tia ju

houve um tempo em que eu achava que gravidez era como ter um pequeno alien crescendo dentro da barriga. e já houve um tempo em que eu quis muito ter um filho, por todos os motivos errados. provavelmente, meus óvulos vão apodrecer e eu ainda não terei me decidido. provavelmente, eu não serei mãe. honestamente, nunca me relacionei muito bem com mini-adultos. não sou do tipo que sorri quando vê um carrinho de bebê, não acho que crianças são seres inerentemente lindos e doces. mas o fato é que eu sou tia. porque eu escolhi ser tia. porque eu tenho uma prima-irmã que gerou três filhos incríveis que me cativaram. que amoleceram meu empedernido coração. e eu me tornei tia. tenho um sobrinho mais velho, com quem não tive muito contato durante a infância. hoje Igor tem 14 anos e uma namorada. eu não sei lidar com adolescente e acho que ele não quer uma tia por perto agora. e veio Tiago. eu acompanhei a gestação, vi ele engatinhando, dando os primeiros passos. vi nascerem os primeiros dentinhos, cortei o cabelo dele pela primeira vez. e aí chegou Mateus, de surpresa. e acompanhei a gestação, vi os primeiros passos, as primeiras palavras. Mateus costumava dormir no meu peito, enquanto eu cochilava deitada no sofá. eu sou madrinha dele, mas sempre me esqueço. sou só a tia ju. Tiago tem 4 anos e foi pra escolinha este ano. eu estava lá quando ele voltou eufórico do primeiro dia de aula. Mateus tem 2 anos e costuma se aninhar no meu colo e me encher de beijo. nós três juntos vemos historinha no youtube, assistimos toy story e comemos brigadeiro. aqui, de longe, me pego olhando pras fotos na porta da geladeira, com o coração apertado. contando os dias pra voltar pra casa. e eu descubro que não tem nada melhor nesse mundo do que ser tia ju. que são eles que me fazem mais humana. que me fazem querer ser uma pessoa melhor, nas pequenas coisas. e juntos vamos aprendendo que não se deve falar palavrão. que devemos sempre usar as palavrinhas mágicas por favor, com licença e obrigado. e pedir desculpas quando erramos ou machucamos alguém. que devemos cuidar dos livros e dos carrinhos do Rafa, mesmo que ele não esteja em casa. e nunca colocar os cotovelos sobre a mesa. 

talvez eu nunca seja mãe. mas já aprendi o que é amor incondicional.

e me pego chorando ouvindo a música preferida do Tiago:

domingo, 1 de julho de 2012

juju

um dia, seu primo diz que desenhou você. 

expectativa:



realidade:
                   ***CALMA que é brincadeira!***

(acho que eu preciso dizer que a imagem da expectativa não sou eu. catei o desenho no google, daqui.)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

aí a tia descobriu um problema na tireoide. o que explica o cansaço da vida e a raiva do mundo. e os quilos extras, o sono sem fim, a queda de cabelo, a pele cagada. a irritação e o mau humor do cão. poderia apostar que o belíssimo argumento ~falta de pica~ foi muito associado ao meu nomezinho por gente obrigada a conviver comigo nos últimos meses. mas enfim. to medicada. consegui fazer um experimento com 40 crianças e não esganei nenhuma delas. to calma, to controlada. pode vir, gente. é seguro agora.

domingo, 17 de junho de 2012

estava eu stalkeando gente com uma vida mais interessante que a minha - o que inclui todos vocês, devo dizer - e encontrei este vídeo:


e eu chorei o mundo. com todas as versões. todas as vezes. agora. porque já foi tão meu. isso de voltar pro ninho e redescobrir meu lugar. pra retornar e enfrentar o dia a dia. já foi tão meu e eu perdi. quebrou. em algum momento entre o desespero da queda e a esperança do recomeço. em tantas vezes que eu quis reaprender, que eu quis responder sim e sempre tive o mesmo fim. eu cansei de acreditar. e eu disfarço, costuro desculpas. mas sempre volto ao mesmo lugar. e não posso sucumbir. não há escolha. eu já sei do fim, não importa quantas tentativas de mudar o caminho. enquanto isso, eu tento afastar os meus demônios, que sempre voltam. tento não me deixar tragar de volta pra 2004. e vou ensaiando sorrisos e maqueando feridas. como estou fazendo agora. porque não já não importa mais. eu perdi. e já não importa.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

eu preciso fazer uns experimentos para testar aquisição de quantificador em criança. e aí eu estou me divertindo catando figurinha fofa no google imagens. não vou entrar em detalhes, mas é preciso dar alternativas de resposta pra criança. tipo todos os coelhinhos com balão, um coelhinho sem balão, um ursinho com todos os balões. daí eu estou fazendo lindas montagens no paint. sintam só tamanha habilidade da pessoa:
já temos um gatinho perneta e um porquinho com os dedinhos decepados. mas devo dizer que é a melhor parte do trabalho e estou me divertindo. até o momento em que eu tiver de encarar as crianças e elas me engolirem. vamos acompanhar.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

aí eu estava em casa e achei que seria uma boa ideia procurar a caricatura que meu primo fez de mim. pra compartilhar com vocês. fui vasculhar *a caixa* e encontrei fotos de ex-namorados, cartinhas cafonas, bilhetes. correios-elegantes de 1992 do tipo "faz tempo que to te paquerando. te liga. bjo.". e mais cartinhas escritas em caneta colorida e mais bilhetinhos caprichosamente dobrados e coisas que eu queria deixar esquecidas. e aí foi me dando uma tremedeira, uma batedeira no coração e achei que fosse morrer. soquei aquela tralha toda de volta pra caixa e guardei. esqueci da caricatura.

nah, mentira. encontrei o desenho. mas achei menos caricatura e mais retrato e emputeci e enterrei de volta na pilha de papel velho. antes que eu botasse fogo em tudo. na próxima, quem sabe. daqui 20 anos.

voltei. te liga. bjo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

e as coisas não-ditas, essas nunca vão embora. emaranhado de palavras dançando, enredando pensamentos imperfeitos. é o que permanece. nas entrelinhas. nos suspiros, nas lágrimas sufocadas. queimando. fermentando mágoa. pacotinhos de mágoa acumulados. nunca vão embora.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

1 saudade: treino com facas.

eu tenho essa sensação. um dia vou descobrir que Caio me excluiu do grupo e está dando aula em um galpão abandonado, em um lugar ermo, com senha secreta que muda toda semana. só uma sensação.

update: Caio me mandou e-mail. hoje. adivinha quem vou voltar a treinar?? dica: euzinha. todas fica feliz. :D

sábado, 26 de maio de 2012


daí me chamaram pra ir numa festcheenha na rep dos gringos. 

(festa em república me lembra os ~churrascos~ na casa dos meus amigos da faculdade. meia dúzia de gente, uns naco de carne e umas linguiça numa grelha, em cima de uns par de tijolo, e zero álcool. claro que eu fugia e corria pra casa do namoradinho. a mãe dele tinha um bar e a gente passava a noite bebendo, fumando e jogando sinuca. eu tinha 24 e ele, 17. eu de moto, ele de camelo. eu tinha tinta no cabelo, estava na segunda faculdade e nas aulinhas de inglês. quase um 'eduardo e mônica'. mas ele...bom, ele era campeão de sinuca, largou a escola, fugiu pro mato grosso. e o apelido do eduardo era *abobrinha*.) 

a festa. ingresso caro e gente ~alternativa~. fugimos pra roda de samba. cerveja quente e gente ainda mais alternativa. fiquei chapada por tabela. não fiquei bêbada, não dei fiasco, não peguei ninguém. voltei pra casa na maior larica. fim.

uma palavra? desgosto.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

daí eu voltei pro taekwondo. final do semestre passado teve aquele mimimi do exame de faixa e teve euzinha fazendo drama no hotmail da Malu. blablabla não sei lutar blablabla não tenho espírito indomável blablabla sou uma fraude. aí Malu me mandou um longo e-mail, quase um livro de autoajuda. poderia ser um desses arquivos em power point com bebês fofos que meu pai me manda. então eu voltei esse semestre. contem comigo, amiguinhos:

- 3 treinos;
- 157 faltas;
- 1 joelho roxo;
- 1 queda de pressão;
- 1 quase-desmaio;
- 1 Malu apavorada.

e eu estou aqui né. paguei o dinheiro do material, preenchi ficha, tirei uma foto 3x4 horrorosa, que provavelmente vai me acompanhar pelos próximos 3 anos. e teve mais e-mail mimimi pra Malu porque a vergonha não acaba. já faz um mês e eu não voltei. quer dizer, eu desisti. só não admiti. não é oficial porque ainda estou no grupo do facebook (sim, eu voltei. status atual: trollando minha próxima ex-cunhada e sendo trollada por prima que posta foto antiga, aquela vaca). a verdade é que eu não consigo me sentir parte do grupo. e tem Malu fazendo terrorismo. 'isso é forte, ju?' é o novo 'cê acha que sua bunda não vai cair, juliana?'. (configura bulle se a pessoa é toda fofa, fala mansinho e chama de ju?) e, assim, eu sou uma senhora, sabe. Malu podia torturar aquelas crianças nascidas em 1995 e me deixar de café-com-leite. mas, enfim, situação tá periclitante, não caibo mais nas minhas calças etc. aí hoje eu resolvi entrar na academia. decidi pagar aquela mensalidade que é de cair o cu da bunda e fazer minha matrícula. fui até a porta da academia e amarelei. suei frio, tremi as perna tudo e amarelei. do verbo ~mijar pra trás~. também conhecido como ~peidar na farofa~. virei as costas e voltei pra casa. pra debaixo das cobertas, onde eu não preciso interagir com gente de regata. mas antes eu passei no supermercado pra comprar umas guloseimas porque não dá pra sofrer sem chocolate. desculpa pai, desculpa brasil.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

eu queria não ter descoberto o google analytics. porque daí eu não saberia de certas coisas. pessoa chegou até aqui pesquisando "sexo no baile funk". veja bem, eu acho que seu problema seria resolvido em qualquer redtube da vida. mas quem sou eu. e teve pior. uma criatura chegou nesse bloguinho com a seguinte pesquisa: "eu dei para meu sobrinho". olha.

tirem aí suas conclusões, to sem condições.

terça-feira, 8 de maio de 2012

vou resumir:

mimimi cabo dinheiro mimimi to gorda mimimi num guento mais aula mimimi ele não me quer mimimi ninguém me quer mimimi to gorda mimimi não consigo escrever mimimi vou jogar uma bomba de cocô na porta do vizinho mimimi quero voltar pra casa mimimi to gorda mimimi cade boteco mimimi putaquepariu já é final de semestre mimimi fudeu.

pronto. passa amanhã.
beijo.

domingo, 6 de maio de 2012

cês lembram do episódio 'máquina de lavar'? então, aconteceu de novo. não, não foi comigo. diz que as três máquinas estavam todas ocupadas, de novo. com roupa limpa que nego ~esquece~ de pendurar. daí a moça do 15 catou as roupas e empilhou no murinho pra lavar a roupa dela. daí chegou o dono das roupas, o espertão do 11, e rolou barraco. mãozinha na cintura e ~queridinho~. comé que eu sei? a menina do 5, irmã do guri do 11, tava contando a treta pra mãe. a fia tava reclamando que lavou a roupa, mas a moça do 15 ocupou todo o varal e é pouco varal e é pouca máquina. gente, 16 pessoas. sabe? e, assim, a fia contando todo o acontecido pra mãe debaixo da minha janela. porque o sinal do celular não pega bem dentro de casa. daí eles vão pro corredor e eu sou obrigada a saber da vida de todo mundo. eu queria dizer pros meus vizinhos que o sinal pega muito bem no banheiro e eles podem conversar sentados confortavelmente na privada. eu queria ensinar pra eles o conceito de: fone de ouvido. na verdade, eu queria ensinar o conceito de noção, bom senso etc. mas como lidar? 

daí tava aqui lembrando. eu morava num lugar bacana. eu só tive que bater na porta de vizinho por causa de barulho na madrugada umas quatro vezes. mas o lugar era legal. até eu voltar de viagem e descobrir que minha casa tinha sido assaltada. bota reparo na leseira da pessoa. eu cheguei 6h, depois de 11h de viagem, e vi que a fechadura estava quebrada. mas não pensei em assalto. achei que o pessoal da imobiliária tinha feito merda. entrei e não senti falta de nada. de novo, achei que fosse merda da imobiliária. resolvi tirar um cochilo até a hora do comércio abrir. daí o celular despertou e eu fui procurar o telefone pra ligar na imobiliária. então eu percebi. 2h depois eu *notei* que entraram na casa e levaram o celular. daí fui olhar pra ver se tava faltando mais alguma coisa. dei por falta da torradeira antes de perceber que tinham levado o microondas. o MICRO-ONDAS. aí eu chego na delegacia e sou trollada pelo escrivão porque eu não notei a falta do MICRO-ONDAS. 'mas gente, bateram na cabeça da juliana pra ela NÃO ver que tava faltando o M I C R O - O N D A S, só pode.' eu sofrendo e a delegacia inteira me zuando. acho que um mês depois eu descobri que tinham roubado meu relógio. era um relógio oval, com os 4 números principais grandes, estilizados. lindo, mas eu não conseguia ver as horas. passei muita vergonha. não senti falta dele.

aí quebrei o contrato e hoje estou nessa acolhedora comunidade. fim.

sábado, 28 de abril de 2012

eu ainda estou no mimimi casamento do meu primo. não é recalque, juro. só estava aqui me lembrando de uma carta. porque eu sou a rainha das cartinhas cafonas. e a gente trocou muita cartinha a vida toda. e, em algumas delas, ele desenhava. porque ele tem talento pra essas coisas. uma vez, ele fez uma caricatura minha. daí aconteceu. e, antes dele viajar pro estrangeiro, eu enviei a última. e, puta merda, que coisa cafona. tipo 'eu te amo blablabla vou ser sempre sua blablabla'. (só pra constar: estou escrevendo embaixo da mesa, de vergonha.) e acho que escrevi pior. daí ele viajou, mudou, casou. e essa carta tá perdida por aí. eu fiquei pensando em tantas outras cartas perdidas. como as que eu escrevia para o meu tio-avô, que eu adotei como avô. e eu falava de muita coisa. da relação com minha família, das minhas questões com o deus dele. da doença. e sempre tive respostas carinhosas, em papel datilografado. eu contei do meu namoradinho na época. que eu queria fugir, casar e ter uns barrigudinhos. daí namorado se mudou pro umbigo do mato grosso, pra morar com o pai. pro fim do mundo onde o pai dele, que era prefeito de uma cidadezinha, se escondeu depois de limpar os cofres públicos. daí esse tio-avô foi morar na minha cidade. e no início foi tudo lindo. mas o negócio desandou, nem sei ao certo. acho que uma desinteligência com o genro bêbado. e ele se afastou. ano novo, quando ele apareceu, eu disse que a gente precisava ter uma conversa séria. e aí ele só me lembrou: 'olha, tenho suas cartas'. meu avô postiço me chantageando.

e é por isso que eu não escrevo mais carta. agora só mando link do blog.

é. eu não aprendo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

eu deveria estar arrumando as malas pra viajar pra BH amanhã. pro casamento do meu primo, por quem eu fui apaixonadinha a vida toda. o primo com quem eu tive um ~rolinho~ antes dele embarcar pra londres, achando que ficaria rico, mas só lavou muita louça e ariou panela até arrumar uma mineira herdeira. pois é. não vou porque to com dor-de-cotovelo, certo? não. não vou porque tenho muito trabalho. ok, na verdade, não vou porque eu. não. entro. no. meu. vestido. e to jurando que a fase *porca gorda* é temporária e imagina que eu vou comprar roupa 44. daí que meus pais estão há dois dias saracoteando por minas gerais. e eu deveria estar feliz porque eles finalmente saíram de casa e estão se divertindo. eu deveria estar fazendo piadinha com mineirês e pão-de-queijo. mas não. eu to fazendo papel de mãe, sabe. mas por que não me ligou? pegou o casaco? mas como assim não reservaram hotel?? e eu me dei conta. puta merda, to num mau humor da porra. to num azedume que, olha. posso ver dr. jekyll me recomendando piroca. e, enquanto eu to tendo essa revelação, o menino-pastor (a.k.a., vizinho peidão) tá ~estudando a bíblia cos irmão~ via skype. aí vocês pensam: feriado, vai pro buteco, pega uns garçom. né? não. vou passar feriado preparando seminário e fazendo uma resenha pra orientadora que eu não vou terminar e vou adiar de novo e etc. olha. mas OLHA. 

tá delícia. tá gostoso.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

sei não. não consigo me decidir se eu surto de vez ou se me agarro a esse fiapo de lucidez que ainda me resta.

porque eu devo estar lúcida pra desconfiar do diagnóstico da psiquiatra. ou muito perturbada, sei lá. ela preencheu muito rápido aquela receita azul. tudo bem, eu estava chorando, agarrada numa caixa de sapato com barquinhos de papel, mini-família de pano, girafinhas etc. mas sou eu. isso não é argumento válido. a fia não tinha lido a minha ficha porque a bonita antes de mim atrasou. esperei por uma hora, pensando na vida.  e eu não posso ter tempo pra pensar. não posso parar pra pensar. eu só tenho que fazer o que precisa ser feito. mas esse ainda não é o ponto. a fia leu meu histórico e decidiu que eu tinha angústia. entre uma olhadela e outra no celular, ela resolve confirmar: 'é só as crises de choro, né?'. não, sem crises. na última semana, eu chorei em determinados momentos e sabia o porquê. uma música, uma carta, um vídeo. aí ela decide que é só ansiedade. antes mesmo de eu tentar entender e explicar o que estava sentindo, ela já tinha preenchido a receita. ok, eu não fui com a cara dela e esse é o critério usado por essa pessoa super madura. a verdade é que fiquei me perguntando. por que caralhos de asas eu não voltei pro dr. você-tem-que-se-olhar-no-espelho-e-dizer-eu-sou-foda, que também trata do meu irmão e da minha tia (uma família equilibrada, percebam). ele é um doce, me entende, me traz uma paz imensa. e preenche as receitas com canetas coloridas e desenha quantos comprimidos eu devo tomar.

olha, duas semanas atrás eu imploraria por remédio. mas não é o caso agora. não é angústia, não é ansiedade. é só vazio. está tudo tão claro. eu sei qual foi o gatilho. eu entendo os porquês de toda essa inadequação, dessa sensação permanente de não pertencer. consigo enxergar as pontas soltas, as incongruências. e eu não me entreguei, ainda. a verdade é que eu poderia ter dito. mas não disse. só repeti um monte de respostas prontas que eu fui elaborando ao longo dos anos. porque eu cansei. não estou fazendo sentido, eu sei. o fato é que resolvi não tomar remédio. ao menos, não até ter outro surto. e também não vou fazer terapia porque eu cansei. eu. cansei. CANSEI.

(estou aguardando e-mail de tereza cristina em caixa alta, cheios de !!!!!!!!!!111)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

pessoa precisa, mas tipo, P R E C I S A lavar roupa. acorda ~cedo~ pra aproveitar o sol depois de dois dias de chuva. qui qui acontece? hã? as três máquinas de lavar, AS TRÊÊÊS MÁQUINAS de lavar do condomínio estão cheias de roupa alheia. porque alguma espertona usou as máquinas à noite e ~esqueceu~ de estender as roupas pela manhã. pensei em salpicar canela em pó nas roupas, qui qui ceis acham? 

acho que eu vou fazer plantão na lavanderia pra pegar a espertona no pulo. 

*mãozinhas nas cadera, batendo pezinho*

- muito bonito, quiridinhaaaaa

devo chamar de feia, boba e cabeça de melão? 

(olha, não tenho mais twitter. vou reclamar dessas coisinhas aqui mesmo. me deixa.)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

e cês acharam que eu tinha atingido todos os níveis de constrangimento, hein? olha, se tem uma coisa que eu aprendi é: sempre pode ficar mais embaraçoso. 

ontem eu estava aqui toda envolvida nas discussões sobre o julgamento do direito de interrupção da gravidez de fetos anencéfalos. não vou defender causa, não vou levantar bandeira. não cabe aqui. mas eu chorei o mundo com a história das severinas e tatielles e tantas outras mulheres invisíveis. não, não tem nenhum sentimento nobre nisso. tem alguma coisa de reconfortante em perceber que seu coração não está empedernido. que você ainda consegue sentir empatia. tem muito de alívio em chorar por uma causa, por alguma coisa real, plausível. egoísmo puro, enfim.

então eu estava aqui toda envolvida, quando alguém bate na porta. vizinho com cara de moribundo, gemendo de dor, pedindo pra eu acompanhar ele no hospital. puta merda, quase me borrei. num minuto eu botei uma roupa decente, catei minhas coisas, chamei táxi, prometi pra mãe no telefone que ia socorrer filho dela. gente, eu só tinha trocado duas palavras com o menino. não sabia nem o nome. depois de esperar por dois táxis que não chegaram, resolvi pegar ônibus. perdemos o primeiro porque euzinha sou cega e, além de descabelada, estava sem óculos. e O MENINO É LERDO. pegamos o segundo porque mocinho bonito no ponto teve a bondade de parar o ônibus e o motorista caridoso fez o favor de nos deixar na esquina do PS. eu tive que preencher a ficha dele com meus dados porque O MENINO É LERDO e não foi capaz de dar nem o número de telefone. não, gente. o menino não estava sofrendo um enfarte ou tendo um AVC. o menino estava com DORES NA BARRIGA. olha, eu não consigo descrever o meu ~desconforto~ em acompanhar menino na triagem e na consulta, com toda a sua pedantice de vou-ser-enfermeiro, explicando detalhadamente todos os sintomas. eu fui informada de todas as alergias e rinite e bronquite e ites do menino. recebi informação sobre os hábitos alimentares e os movimentos peristálticos dele. soube que ele toma yakult porque tem intestino preso e toma luftal porque sofre de ~gazes~. eu já tinha contado todas as rachaduras no teto, já tinha inventariado todos os móveis e já tinha inspecionado todas as minhas cutículas, quando fui informada da consistência do cocô do menino. OLHA,

médica deu umas apalpadelas na barriga do menino e decidiu que ele tinha cólica biliar. ela não disse que eram gazes pra não me deixar ainda mais constrangida, tenho certeza. deram medicação pra dor e mandaram pra casa com receita de buscopam.

porque não basta ter que lidar com a merda da minha vida. eu preciso saber da merda do vizinho. putaquepariu vcs.  

sexta-feira, 6 de abril de 2012

conheci o fantástico mundo do serviço de apoio psicológico e psiquiátrico da universidade. eu relutei, confesso. porque minha última tentativa não foi exatamente bem-sucedida. Dr. Jekyll praticamente me disse que meu problema era falta de sexo. eu estava ali devastada e Dr. Jekyll me perguntando se eu usava algum ~objeto fálico~ pra me masturbar. putaquepariu vcs. e fiquei me perguntando por que caralhos de asas eu  procurei anúncio num jornal ao invés de voltar na minha psicóloga. ok, Tereza Cristina tinha um jeitinho um pouco ~truculento~ no início. 'que cabelo é esse, juliana? tá parecendo uma palha. vai já pintar esse cabelo, juliana'. 'o quê? você acha que vai continuar durinha assim a vida inteira?? acha que sua bunda não vai cair, juliana? ah, vai. academia, juliana'. eu achava bulen, sabe. mas eu estava em depressão profunda, precisava de um tratamento de choque. e juro que vi os olhinhos dela cheios d'água quando eu estava bem e recebi alta. enfim. daí eu estava na sala de espera, me perguntando. porque, né, foi só mais uma vez. só mais uma crise de choro bêbada. então um dia eu perdi a chave de casa. eu sentei e chorei na calçada, com minhas coisas todas jogadas no chão. porque eu não sou o tipo que perde as chaves de casa. eu perco o chão, perco a dignidade, perco as estribeiras, mas. não. perco. chave. de. casa. (só pra constar: bolso interno descosturado, forro da bolsa engoliu minhas chaves. eu não sou o tipo que perde chaves de casa, ok?) então tenho uma reunião com a orientadora e, de repente, estou eu repetindo como um mantra: 'não vai chorar, juliana. engole o choro, juliana'. orientadora olha pra mim, pergunta se está tudo bem e eu: caio no choro. e foi assim durante toda a semana. sete longos dias chorando no travesseiro. eu precisava admitir. psicóloga olha pra mim e eu já puxo um lencinho. e tive que começar tudo de novo. o momento mais constrangedor é sempre a parte 'bebo, fala palavrão e choro' (eu omiti algumas coisas. achei desnecessário falar que eu discuto com caras com o dobro do meu tamanho e mando sifudê. que eu lambo os peito da amiga na pista de dança. que eu faço aviãozinho de guardanapo com meu telefone pros garçons. enfim.). eu não consegui responder todas as perguntas. o mais assustador: eu não tinha todas as respostas. aparentemente, eu estou sofrendo, mas não sou pobre o bastante pra ter direito à terapia. mas saí do consultório com uma consulta ao psiquiatra agendada e uma lista de psicólogos que vão me fazer um precinho camarada. acho que vou imprimir uns posts com meus *melhores momentos*. pra evitar a fadiga. ainda não decidi o critério de escolha. mas me chamou de mal comida ou botou a culpa na mãe tá fora.

quinta-feira, 22 de março de 2012

então você faz uma peregrinação por todos os consultórios médicos, faz todos os exames. e nada. meu coraçãozinho está ok, mesmo tendo sido tão maltratado em mãos desajeitas. hormônios estão ok, tudo vai bem. nada explica. você quer desesperadamente acreditar que os resultados estão errados porque é tão mais fácil. e a verdade é que você não quer enxergar o óbvio. você não quer admitir o que os outros já perceberam, o que todos aqueles longos e dolorosos suspiros já avisaram. você está vendo acontecer. de novo. como um eterno déjà vu. como se você estivesse preso num continuum espaço-tempo vendo tudo se repetir. e, no fim do dia, você já não tem mais forças pra resistir. só espera. é como estar preso entre duas realidades paralelas, entre o universo do que já aconteceu e o do que poderia ter sido. e seu mundo está se desintegrando. você está se desintegrando. e já não tem mais forças. só espera. 

eu espero por alguém que não vai chegar. espero que todos os pedaços fragmentados de mim voltem a ser um inteiro. que todas essas partes desconexas façam sentido. eu espero. é só o que eu faço. é só o que resta. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

você me perguntou qual era meu pesadelo. e, por algum motivo, não respondi. eu tenho esse mesmo pesadelo sempre. e já não consigo dizer quando começou. tem um homem tentando invadir a casa. eu vejo o rosto dele na janela, eu vejo o rosto dele em todo lugar. mas não consigo pedir ajuda. não consigo gritar porque não tenho voz. não consigo me mover porque meu corpo está paralisado. e eu sempre acordo gritando. meu pesadelo é a prostração. eu teria dito, se tivesse chance. e eu teria dito que não foi você. eu não chorei por ter ficado sozinha por cinco minutos. não foi isso. nunca é. eu disfarço, finjo que esqueço. tento manter todo o desespero escondido, tento sufocar essa mágoa que foi se acumulando. mas, em algum momento, eu perco o controle. e tudo é solidão. e isso assusta, sempre. eu não tenho amigos, você percebeu. todos fogem. ou eu acabo afastando todos antes que descubram. mas você não fugiu. você não se intimidou. você riu das minhas bobagens. você percebeu meus olhos tristes quando ninguém mais viu. eu te diria que não tenho medo de pedir, mas você já sabe. eu te diria que não há o menor risco. que eu tenho estado sozinha por tanto tempo que não sei como é ter alguém. porque eles sempre vão. porque não deve ser fácil gostar de mim. não é fácil ser eu. mas eu espero. mesmo sabendo que vai ser sempre assim. eu indo embora, você indo embora. vou esperar porque nós ainda não nos encontramos. e eu vi como pode ser. e o que eu vi me fez acreditar que sim. vou esperar porque eu ainda sinto tuas mãos. vou esperar até cansar. até não saber mais o que esperar. até alguém me fazer esquecer. eu vou esperar até você se cansar. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

eu só quero deixar registrado aqui que: fui num baile funk. vi um show do ~bonde do tigrão~. assim, eu fiquei um pouco constrangida porque não estava usando meu shortinho que mostra as popinha do bumbum nem meu top que deixa os peito pulando pra fora. também não consegui fazer minha performance de cachorra porque eu estava *ocupada*.

fim.




mentira, né. claro que eu fui pro boteco antes e fiquei beuba. claro que eu falei/fiz merda. claro que eu fiz minha bela imitação de macaco. óbvio que eu tive uma crise de choro no fim da noite. claaaaaaro que eu liguei pra mocinho de madrugada. senão não seria: euzinha. mas, olha, dirty dancing é coisa do passado. o lance agora é ~cerol na mão~. 

domingo, 4 de março de 2012

qui qui eu falei? demorou, mas aconteceu.
cabo feicebuque.
cabo tuinto.

lurei até onde eu pude.
desculpa pai, desculpa brasil.

sexta-feira, 2 de março de 2012

todo começo de ano é a mesma coisa. sempre tem gente saindo e gente entrando. maior movimento na cohab. os universitários vão morar numa rep com o pessu da facu. essa semana estava eu aqui fazendo faxina, quando chegou vizinho novo, com mãe, pai, empregada (!). mãe para na porta, dá um sorrisinho:

- cê é moradora aqui?

pessoa para de torcer o pano de chão, limpa o suor da cara, tira os cabelo grudado na testa, ajeita os peito que tão pulando do decote, dá um sorrisinho amarelo: aham.
porque, né, só podia ser a faxineira.

daí pessoa tá cheia de charme na lavanderia (elba ramalho ligou e pediu o look dos anos 90 de volta), com a barriga no tanque, lavando os sutiã véio e brigando cos trocinho de pendurar calcinha. chega corretor gatinho mostrando apartamento pra uma fia. deu nem tempo de arrumar os peito dessa vez...

aí eu me lembrei de uma cena linda que aconteceu ano passado. os carinhas das imobiliárias chegam abrindo as portas pra saber se o apartamento tá vazio. (ok, não é apartamento, é kitnet. to só floreando.) daí estou eu linda, me vestindo depois de sair do banho, quando corretor gatinho abre a porta. 

*momento constrangedor*

moço volta, abre a porta rapidinho, pede desculpas sem olhar pra mim, fecha a porta, desaparece.

olha, eu é quem deveria pedir desculpas, sabe. imagina uma anã branca-pálida, de calcinha azul-celeste, com sutiã chocolate e uma toalha amarelo-ovo na cabeça. naqueles dias de depilação vencida.

desculpa, moço.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

daí que o ano começou. o ano acadêmico, digo, porque to pagando conta desde 1º de janeiro. só pra deixar claro. e acontece que eu estava bêbada quando fiz minha matrícula em duas disciplinas. eu já cumpri todos os créditos, mas tive a brilhante ideia de me inscrever em mais dois cursos. acontece que, neste semestre, preciso fazer o trabalho de qualificação de área e dar conta de todos os textos que eu fingi ter lido ano passado, além de classificar, quantificar e analisar trocentos dados. porque eu também estava bêbada quando preenchi o relatório da pós-graduação. e eu tenho de fazer isso neste semestre que só. tem. quatro. meses. daí eu estava pensando em (adivinha? adivinha??) desistir de uma disciplina. acontece que uma delas é ministrada pela orientadora do meu trabalho fora de área e acho que vai ser importante porque sei tanto do assunto quanto sei de física quântica. a outra, é a disciplina da minha orientadora de tese. como faz? cadê minha cara de pau de dizer pra ela que veja bem, eu não dou conta, cê sabe que eu sou desorganizada e cê sabe que eu já fiz essa disciplina, posso? e, bem, teoricamente eu já fiz a disciplina, em 2009, quando eu surtei e voltei pra casa com um atestado do psiquiatra. então parece que eu vou ser obrigada a aturar mr. quero-ser-chomsky e a mrs. sintaxe-na-veia. e parece que vou ter de ler mesmo os textos porque o curso é um seminário e vai ter debate. enfim. a pior parte acho que já passou. não, mentira. a parte mais constrangedora passou: primeira aula e aquela coisa de se apresentar pra turma. gente. GENTE. me peça pra dar uma aula sobre algoritmos, me manda dar palestra motivacional, mas não me peça pra falar de mim. não dá, gente. é nesse momento em que me sinto um lixo e questiono a competência da comissão que me aprovou na seleção. eu me lembro do meu primeiro dia de aula no mestrado. todo mundo se apresentando, falando sobre sua experiência, expectativas sobre o curso etc etc. e eu, em desespero. olhava pra porta, contando os passos, e tentava decidir se era melhor correr ou simular um desmaio. até que um colega disse que era de outra área, com outra formação e tinha escolhido o curso porque era *introdução*. acho que a turma toda pode perceber meu suspiro. todo meu amor por aquele carinha. aí eu já não me sentia tão estranha no ninho e até falei que sou formada em biologia. não gosto muito de falar sobre isso. basicamente, quando alguém me chama de bióloga, morre um boto na amazônia. enfim. eu sou de uma cidade pequena, saí de uma universidade medíocre. e, bem, quando você não tem parâmetro, acaba tendo uma percepção distorcida das coisas. to tentando dizer que minha turma - chamada de *intelectuais mal-vestidos* - era do tipo que nunca tinha lido dostoievski, preferia fazer ~teatrinho~ a ler uma obra completa de shakespeare e não sabia o que era ~objeto fálico~. e, bom, eu passei a adolescência com a cara nos livros. não que isso seja lá grande coisa porque ler era só um jeito de não pensar. daí...bom, eu fiquei aqui pensando em uma metáfora pra explicar isso, mas a coisa é: no meio de um bando de gente medíocre, eu me achava fodona. risos eternos. eu não sei dizer quando me dei conta. de que eu sou tão medíocre quanto meus antigos coleguinhas. e agora eu não me importo, sabe. porque eu sei que nunca vou ser quem eu achei que seria. e daí eu fico me perguntando pra que. por que tanto esforço, tanto sacrifício, pra terminar em uma universidade obscura, fazendo um trabalho medíocre. eu me pergunto: qual o objetivo? e letras, gente. letras. eu ficava incomodada com as piadinhas, mas gente, eu aprendo pra ensinar gente que vai aprender pra ensinar gente. eu não vou descobrir a cura do câncer ou salvar alguma espécie de extinção. qual o objetivo? daí tudo o que você quer é ir pro boteco beber e comer coxinha, mas opa, a pessoa não tem habilidade social e não tem nenhum amigo. bombei em relações interpessoais.

primeira semana de aula, amiguinhos. acompanhem o meu desespero.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

e eu cansei. de acreditar. de fingir. de ter que recomeçar. sempre. e de novo. porque é sempre como se eu voltasse ao ponto zero. como se eu não tivesse aprendido nada, como se não tivesse vivido. sem marcas. porque até as marcas eu apago. ou tento. mas, quando eu deito a cabeça no travesseiro, eles voltam. todos aqueles momentos, toda aquela dor que eu sufoquei. e eu tento abrir os olhos depressa, na tentativa de afastar aquelas imagens, mas é tarde. já está ali. como um pesadelo que se repete. eu tento correr, mas não consigo me mover. tento gritar, mas não tenho voz. até que eu acordo com meu próprio grito. mas eu ainda vejo. ainda está ali. e eu permaneço paralisada, agora de olhos abertos.

estou cansada de tanto tentar. de implorar. de dissimular. de beber pra esquecer. e de sempre voltar pro mesmo lugar.

estou amarga. me deixa.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

eu só queria dizer que: meu sobrinho de 3 anos foi pra escola. meu sobrinho ~torto~, filho do meio da minha prima-irmã, teve seu primeiro dia de aula hoje. meu sobrinho, aquele que eu esperei e amei desde a barriga da mãe, em quem eu dei banho e troquei fraldas, pra quem eu trazia um brinquedo e um livro toda vez que voltava pra casa, voltou radiante da escolinha. meu sobrinho, que chegou da escola numa felicidade só, arrastando uma maleta da metade do seu tamanho, contou que tem 9 colegas e um deles chorou 'porque é um bebezinho'. meu sobrinho, meu mini-leitor e contador de estórias, se apaixonou pela escola. e eu sou toda amor. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

e eu voltei. tava bem curtindo um regime de engorda na casa de mamãe, mas tive de voltar pra escola de verão. daí eu cheguei e, nossinhora, minha casa tava um lixo. tentei me lembrar que furacão foi esse que passou por aqui porque só isso explicaria. e, bem, não foi um furacão, era só eu beuba (não tem muita diferença, na verdade). última semana do semestre e eu precisa entregar trabalho final. nessas épocas, eu vivo em frente do computador. só lavo louça porque eu moro sozinha e só tenho 1 par de copos,1 par de pratos etc etc (só não tenho par na vida), então eu sou obrigada a lavar louça. daí eu termino e envio o artigo no último dia, na véspera de viajar, e faço o que? vou pro boteco, óbvio. fui pro meu barzinho favorito com amiga e manezinhos que eu conheci na semana anterior, em outro bar. quando eu encontrei Patrick Swayze e ele me fez o favor de informar que o lance *partida de futebol* foi um ~prêmio de consolação~, do tipo 'você não serve pra mim, mas olha como eu sou generoso'. porque dormir comigo foi um erro e ele já fez um bem pra humanidade de cuidar da ex depressiva e não queria outra desequilibrada na vida dele. enfim. conheci manezinho 1 na fila do caixa, xingando muito. e já me perdi aqui. 

ah. fomos pro barzinho e eu bebi o dinheiro do presente dos afilhados. não contente com isso, fomos pro *clube do vinil*. amiga contando o drama do seu relacionamento com colombiano para o mágico, que um dia deu uma de cigano e resolveu ler minha mão. e ele estava indo bem, até dizer que 'na parte sexual, eu sou 97% depilada'. né. daí eu tou bem louca na pista, dançando madonna com manezinhos, quando chega veia hippie e cochicha no ouvidinho de manezinho 1. a gente se cutucando, ~tá namoran-do, tá namoran-do~. daí eu vou pro bar pegar birita e encontro veia hippie revoltadíssima, se queixando com o sócio e toda a velha guarda do clube de que tinha sofrido ''''''''''preconceito'''''''''' da parte de manezinho 1 por sua idade e pela roupa que estava vestindo. não vou falar do rebosteio que deu, mas eu tava lá defendendo mocinho e ouvindo sermão do sócio. do tipo 'clube do vinil não tem lugar pra preconceito'. olha. 

corta pra euzinha chorando na fila do banheiro, abraçada num tiozinho que era a cara do meu avô. corta pra tiozinho chorando porque a verba do projeto foi cortada e milhões de criancinhas da áfrica vão morrer. corta pra tiozinho tentando me beijar. corta pra manezinho 1 tentando me beijar. corta pra eu dando mole pra manezinho 2. e manezinho 2 com cara de paisagem porque não queria furar o olho de manezinho 1.

(eu não sei se vocês já notaram, mas eu vivo uma eterna quadrilha drummondiana. eu sou sempre a fia que fica pra tia. forever alone.)

enfim. depois de uns potes de sorvete e muito choro, cheguei em casa às 6h da manhã. perdi o brinco e o resto da dignidade. e passei o dia estragada. isso deve explicar o fuzuê que eu deixei a casa. 

daí eu chego e vou pro boteco. o favorito. aquele que ser gatinho é requisito básico pra ser garçom. e a coisa tá meio estranha com Julio Rocha depois que rolou um bilhete no guardanapo sem resposta. eu não falo com ele e ele não fala comigo. mas né, ainda tem outros garçons. e barman tá me dando um mole nervoso. assim, ele não é tão gatinho quanto Julio Rocha, mas eu sou facinha e tou carente. 

spoiler: vou pegar o barman e a minha presença no bar vai se tornar constrangedora e insustentável. vou quebrar meu boteco favorito. vai vendo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ai, gente. não to dando conta. to cogitando matar a primeira aula do curso pra dar um jeito na minha *casa* porque, olha, to dividindo espaço com aranha morta há uns dias. sem coragem pra vida. porque, né, eu preciso fazer cara de inteligentona o dia inteiro e isso me cansa. e o tempo que me sobra eu preciso ir pro boteco comer coxinha. porque todo mundo sabe que eu só vou pro buteco pra comer coxinha, óbvio. 

cês não fazem ideia de como eu to feliz de rever pessoinhas da linguística. felizona. 

(eu ainda preciso explicar ironia?)

aí eu volto aqui e vocês continuam lindos, escrevendo coisas lindas e agora tem espacinho pra eu responder comentário. calma que eu volto.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

eu tenho esse hábito no começo de ano. de esvaziar gavetas, limpar armários. tirar o velho pra dar lugar pro novo. no fim, eu sempre acabo jogando fora umas contas velhas e encaixotando todo o resto. mas hoje foi o dia do desapego. joguei fora todo o material da faculdade. apostilas de todas as disciplinas. provas. trabalhos. cadernos. contas, comprovantes de banco, receitas e exames médicos. fotos antigas. documentos de 2005. toda uma vida acumulada. e prova maior do meu desapego: doei todos os meus brinquedinhos da barbie. piscina da barbie, cama da barbie, cozinha da barbie, lanchonete da barbie. todas as coisinhas que eu guardei por mais de 20 anos e que um dia eu pensei que seriam da minha filha. tenho que encarar: eu cresci e agora sou mulher.

(estava me sentindo muito adulta até assistir toy story 3 e chorar no final.)

domingo, 1 de janeiro de 2012

pronto. um ano inteirinho novo pra fazer merda. eu não faço listinha de pedidos ou de resoluções porque eu sou volúvel. fraca. sou uma desistente crônica. e também não faço balanço do ano que passou porque não trabalho com memória a longo prazo. e, do que eu me lembro dos últimos meses, eu vivi uma sucessão de fiascos. mas eu considero 2011 um ano bom porque eu não acabei no consultório do dr. você-tem-que-se-olhar-no-espelho-todo-dia-e-dizer-eu-sou-foda. pra esse ano, eu só gostaria de parar de me preocupar com o que os outros estão imaginando a meu respeito e tentar *ler* as pessoas que me cercam. ou, pelo menos, não interpretar tudo de forma sempre tão errada. porque, olha, muito drama. muita energia desperdiçada. e, no fim, você percebe que não era nada daquilo. e você não poderia ter sido mais estúpida. enfim. eu contaria sobre o fiasco do meu reveião, mas vamos nos poupar do constrangimento. aguardem novos fiascos. fiquem ligadinhos.