quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

e eu voltei. tava bem curtindo um regime de engorda na casa de mamãe, mas tive de voltar pra escola de verão. daí eu cheguei e, nossinhora, minha casa tava um lixo. tentei me lembrar que furacão foi esse que passou por aqui porque só isso explicaria. e, bem, não foi um furacão, era só eu beuba (não tem muita diferença, na verdade). última semana do semestre e eu precisa entregar trabalho final. nessas épocas, eu vivo em frente do computador. só lavo louça porque eu moro sozinha e só tenho 1 par de copos,1 par de pratos etc etc (só não tenho par na vida), então eu sou obrigada a lavar louça. daí eu termino e envio o artigo no último dia, na véspera de viajar, e faço o que? vou pro boteco, óbvio. fui pro meu barzinho favorito com amiga e manezinhos que eu conheci na semana anterior, em outro bar. quando eu encontrei Patrick Swayze e ele me fez o favor de informar que o lance *partida de futebol* foi um ~prêmio de consolação~, do tipo 'você não serve pra mim, mas olha como eu sou generoso'. porque dormir comigo foi um erro e ele já fez um bem pra humanidade de cuidar da ex depressiva e não queria outra desequilibrada na vida dele. enfim. conheci manezinho 1 na fila do caixa, xingando muito. e já me perdi aqui. 

ah. fomos pro barzinho e eu bebi o dinheiro do presente dos afilhados. não contente com isso, fomos pro *clube do vinil*. amiga contando o drama do seu relacionamento com colombiano para o mágico, que um dia deu uma de cigano e resolveu ler minha mão. e ele estava indo bem, até dizer que 'na parte sexual, eu sou 97% depilada'. né. daí eu tou bem louca na pista, dançando madonna com manezinhos, quando chega veia hippie e cochicha no ouvidinho de manezinho 1. a gente se cutucando, ~tá namoran-do, tá namoran-do~. daí eu vou pro bar pegar birita e encontro veia hippie revoltadíssima, se queixando com o sócio e toda a velha guarda do clube de que tinha sofrido ''''''''''preconceito'''''''''' da parte de manezinho 1 por sua idade e pela roupa que estava vestindo. não vou falar do rebosteio que deu, mas eu tava lá defendendo mocinho e ouvindo sermão do sócio. do tipo 'clube do vinil não tem lugar pra preconceito'. olha. 

corta pra euzinha chorando na fila do banheiro, abraçada num tiozinho que era a cara do meu avô. corta pra tiozinho chorando porque a verba do projeto foi cortada e milhões de criancinhas da áfrica vão morrer. corta pra tiozinho tentando me beijar. corta pra manezinho 1 tentando me beijar. corta pra eu dando mole pra manezinho 2. e manezinho 2 com cara de paisagem porque não queria furar o olho de manezinho 1.

(eu não sei se vocês já notaram, mas eu vivo uma eterna quadrilha drummondiana. eu sou sempre a fia que fica pra tia. forever alone.)

enfim. depois de uns potes de sorvete e muito choro, cheguei em casa às 6h da manhã. perdi o brinco e o resto da dignidade. e passei o dia estragada. isso deve explicar o fuzuê que eu deixei a casa. 

daí eu chego e vou pro boteco. o favorito. aquele que ser gatinho é requisito básico pra ser garçom. e a coisa tá meio estranha com Julio Rocha depois que rolou um bilhete no guardanapo sem resposta. eu não falo com ele e ele não fala comigo. mas né, ainda tem outros garçons. e barman tá me dando um mole nervoso. assim, ele não é tão gatinho quanto Julio Rocha, mas eu sou facinha e tou carente. 

spoiler: vou pegar o barman e a minha presença no bar vai se tornar constrangedora e insustentável. vou quebrar meu boteco favorito. vai vendo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ai, gente. não to dando conta. to cogitando matar a primeira aula do curso pra dar um jeito na minha *casa* porque, olha, to dividindo espaço com aranha morta há uns dias. sem coragem pra vida. porque, né, eu preciso fazer cara de inteligentona o dia inteiro e isso me cansa. e o tempo que me sobra eu preciso ir pro boteco comer coxinha. porque todo mundo sabe que eu só vou pro buteco pra comer coxinha, óbvio. 

cês não fazem ideia de como eu to feliz de rever pessoinhas da linguística. felizona. 

(eu ainda preciso explicar ironia?)

aí eu volto aqui e vocês continuam lindos, escrevendo coisas lindas e agora tem espacinho pra eu responder comentário. calma que eu volto.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

eu tenho esse hábito no começo de ano. de esvaziar gavetas, limpar armários. tirar o velho pra dar lugar pro novo. no fim, eu sempre acabo jogando fora umas contas velhas e encaixotando todo o resto. mas hoje foi o dia do desapego. joguei fora todo o material da faculdade. apostilas de todas as disciplinas. provas. trabalhos. cadernos. contas, comprovantes de banco, receitas e exames médicos. fotos antigas. documentos de 2005. toda uma vida acumulada. e prova maior do meu desapego: doei todos os meus brinquedinhos da barbie. piscina da barbie, cama da barbie, cozinha da barbie, lanchonete da barbie. todas as coisinhas que eu guardei por mais de 20 anos e que um dia eu pensei que seriam da minha filha. tenho que encarar: eu cresci e agora sou mulher.

(estava me sentindo muito adulta até assistir toy story 3 e chorar no final.)

domingo, 1 de janeiro de 2012

pronto. um ano inteirinho novo pra fazer merda. eu não faço listinha de pedidos ou de resoluções porque eu sou volúvel. fraca. sou uma desistente crônica. e também não faço balanço do ano que passou porque não trabalho com memória a longo prazo. e, do que eu me lembro dos últimos meses, eu vivi uma sucessão de fiascos. mas eu considero 2011 um ano bom porque eu não acabei no consultório do dr. você-tem-que-se-olhar-no-espelho-todo-dia-e-dizer-eu-sou-foda. pra esse ano, eu só gostaria de parar de me preocupar com o que os outros estão imaginando a meu respeito e tentar *ler* as pessoas que me cercam. ou, pelo menos, não interpretar tudo de forma sempre tão errada. porque, olha, muito drama. muita energia desperdiçada. e, no fim, você percebe que não era nada daquilo. e você não poderia ter sido mais estúpida. enfim. eu contaria sobre o fiasco do meu reveião, mas vamos nos poupar do constrangimento. aguardem novos fiascos. fiquem ligadinhos.