sábado, 21 de julho de 2012

um

este bloguinho está fazendo um ano. pra quem já teve três contas no twitter, já deletou o perfil no facebook três vezes e criou outros dois blogs, é uma senhora marca. um ano de cartinhas cafonas, e-mails enviados pra pessoas erradas, fiascos, constrangimentos etc etc. quero agradecer a todos que me leem. aqueles que comentam, partilham suas histórias e têm sempre alguma coisa boa pra dizer. e aqueles que não comentam, mas sempre voltam. sou só amor por vocês, que me fazem sentir menos sozinha no mundo. 
obrigada  

sábado, 14 de julho de 2012

cabô. ca-bou. a-c-a-b-o-u. puta merda, os seis meses mais cagados da história dos semestres. eu passei os últimos dias na frente do computador, comendo pizza requentada, sem saber quando foi a última vez que lavei o cabelo. sem lembrar se tinha tomado banho. e meu trabalho ficou ó: uma bosta. mandei junto com uma cartinha pedindo desculpa pelo constrangimento. mas ok, to vivona. to boa, to legal. nah, to me sentindo um monte de merda. e não to me descabelando, berrando, me cortando inteira porque, gente. não tenho força. eu queria muito poder explicar que não é uma variaçãozinha de hormônios, sabe. não é tpm, não é ~crise de identidade~ e, caralho, não é mimimi. mas to evitando a fadiga. pra quê, né? como dizia um filho da puta que conheci na vida: quem se importa?

essas horas, no final do semestre passado, eu tava no buteco. bebendo o dinheiro do presente de natal das crianças. hoje to aqui googlando pra ver se eu descubro o que que é o tal jogo ~das mãozinhas~ que o Tiago quer. vejam só vocês.

(to de férias. vou pra casa, amar os meus. qualquer dia eu volto. beijos.)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

não sei se cês lembram, mas eu sou estudante. estudante 'profissional', como diz meu pai. e daí que todo final de semestre eu tenho de prestar contas. preciso atualizar o lattes que, misericórdia, só serve pra oficializar e tornar público meu fracasso. como se não fosse o bastante, devo atualizar a plataforma da universidade também. duas vezes fracassada. ok, nem foi tão ruim assim porque eu tinha certificado de uns cursinhos aí. e a parte mais dolorosa: o relatório. assim, tenho que descrever as atividades realizadas no período e definir as metas para o próximo semestre. caso eu não tenha atingido as metas propostas, preciso justificar. bom, não sei se cês lembram, mas eu preenchi o último relatório beuba. ou de ressaca, sei lá. prometi mundos e fundos que eu, adivinhem? não cumpri, lógico. fiz tudo pelas metades, bem minha cara. fui correta, detalhei etapas que não cumpri e justifiquei, certo? não, né. comé que justifica? posso dizer: 'ai, gente. sofri demais esse semestre, sabe. cês me negaram terapia e me designaram uma psiquiatra relapsa. preciso esquecer que eu tenho duas caixas de efexor no guarda-roupa. todo. dia. e minha tireoide? resolveu não funcionar direito, sabe. eu durmo 12, 14 horas por dias e passo o resto do tempo cansada. deveria estar surtando exatamente agora porque eu preciso parir um artigo até sexta-feira, mas não tenho energia. e ando chorando até com aquarela. inclusive, to mandando o link do blog.'. posso? não, não posso. então eu ~esqueço~ alguns verbos, tipo *analisar*, e finjo não ter percebido que estou ligeiramente atrasada em relação ao cronograma. cruzo os dedos, prendo a respiração e clico em *enviar*. e me prometo que no próximo semestre vou fazer melhor.

(já vou adiantando: semestre que vem vou fazer estágio. vou dar aulas. pra uma turma de graduação com 10 anos a menos e que sabe muito mais do que eu. sob supervisão da minha orientadora. eu, que me borro inteira pra fazer seminário. vai ser lindo.)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

tia ju

houve um tempo em que eu achava que gravidez era como ter um pequeno alien crescendo dentro da barriga. e já houve um tempo em que eu quis muito ter um filho, por todos os motivos errados. provavelmente, meus óvulos vão apodrecer e eu ainda não terei me decidido. provavelmente, eu não serei mãe. honestamente, nunca me relacionei muito bem com mini-adultos. não sou do tipo que sorri quando vê um carrinho de bebê, não acho que crianças são seres inerentemente lindos e doces. mas o fato é que eu sou tia. porque eu escolhi ser tia. porque eu tenho uma prima-irmã que gerou três filhos incríveis que me cativaram. que amoleceram meu empedernido coração. e eu me tornei tia. tenho um sobrinho mais velho, com quem não tive muito contato durante a infância. hoje Igor tem 14 anos e uma namorada. eu não sei lidar com adolescente e acho que ele não quer uma tia por perto agora. e veio Tiago. eu acompanhei a gestação, vi ele engatinhando, dando os primeiros passos. vi nascerem os primeiros dentinhos, cortei o cabelo dele pela primeira vez. e aí chegou Mateus, de surpresa. e acompanhei a gestação, vi os primeiros passos, as primeiras palavras. Mateus costumava dormir no meu peito, enquanto eu cochilava deitada no sofá. eu sou madrinha dele, mas sempre me esqueço. sou só a tia ju. Tiago tem 4 anos e foi pra escolinha este ano. eu estava lá quando ele voltou eufórico do primeiro dia de aula. Mateus tem 2 anos e costuma se aninhar no meu colo e me encher de beijo. nós três juntos vemos historinha no youtube, assistimos toy story e comemos brigadeiro. aqui, de longe, me pego olhando pras fotos na porta da geladeira, com o coração apertado. contando os dias pra voltar pra casa. e eu descubro que não tem nada melhor nesse mundo do que ser tia ju. que são eles que me fazem mais humana. que me fazem querer ser uma pessoa melhor, nas pequenas coisas. e juntos vamos aprendendo que não se deve falar palavrão. que devemos sempre usar as palavrinhas mágicas por favor, com licença e obrigado. e pedir desculpas quando erramos ou machucamos alguém. que devemos cuidar dos livros e dos carrinhos do Rafa, mesmo que ele não esteja em casa. e nunca colocar os cotovelos sobre a mesa. 

talvez eu nunca seja mãe. mas já aprendi o que é amor incondicional.

e me pego chorando ouvindo a música preferida do Tiago:

domingo, 1 de julho de 2012

juju

um dia, seu primo diz que desenhou você. 

expectativa:



realidade:
                   ***CALMA que é brincadeira!***

(acho que eu preciso dizer que a imagem da expectativa não sou eu. catei o desenho no google, daqui.)