segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

estava eu no ônibus, voltando pra casa, toda desconstruída. na terceira das 157 paradas, senta um moço do meu lado. moço bonito, jogando beijo na ponta dos dedos e 'te amo's mudos da janela pra namorada. daí que braço do moço bonito roçou no meu e eu. arrepiei. toda. arrepiar, do verbo 'eriçar os cabelo tudo'. senti calores, sabe? passei o resto da viagem pregada na janela, só por precaução. vejam vocês, até pouco tempo atrás, eu bulinava meninos avulsos no buteco. agora, sinto fricotes de velha virgem com moço respirando do meu lado. que fase.

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peguei o ônibus pra casa, sentei e chorei. eu, agarrada com a mala, sacolejando, chorando e ouvindo a música do roberto carlos na cabeça. esse cara sou eu esse cara sou eu esse cara sou eu esse cara sou eu esse cara sou esse cara sou eu esse cara sou eu. durante uma hora. desconfio que chorei por causa dessa tortura.

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última noite em casa, lá, e tiago dormiu comigo. li uns livrinhos antes de dormir e tive que explicar por que a lua era amarela e não branca. por que o anjo roubou um coração. por que o grande urso esfomeado não apareceu. e o sono não apareceu. contamos carneirinhos. 40. 19. mais 5, tia. e, de repente, estava eu olhando tiago dormir e não conseguia pensar em nada mais bonito. e agora sou eu sozinha, contando carneirinhos até às 5 da manhã.

o tempo não torna mais fácil. nunca vou me acostumar.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

minha mãe me liga porque tiago quer falar comigo:

- oooooi, tiiiaaaa

PLOFT morri.

(tiago tá contando: 5 dias, 5 dedinhos. muito amor.)